sexta-feira, agosto 28, 2009
Chega disso
Sai desse computador, desse quarto, dessa casa, desse bairro... Anda na praia, olha o Cristo, olha em volta... O Rio continua sendo, né? Vem pra cá depois, eu posso até encontrar você em algum canto. Daí, escreva em mim aquilo que você insiste que almas carentes leiam.
terça-feira, agosto 25, 2009
De manhã
sábado, agosto 22, 2009
quarta-feira, agosto 19, 2009
Encontro de travessa
sábado, agosto 15, 2009
Pares
Quatro acabaram na Lapa.
Rosa, meio alterada com uma latinha de cerveja na mão, esbarrou em Diego, que se encantou com a menina. Ela percebeu e o beijou com um braço em volta da cintura e uma mão segurando seu pescoço. Enquanto isso, Pedro conversava com Luciana sobre a economia dos Tigres Asiáticos e Luciana, que tinha fumado um, estava toda entretida na conversa do rapaz. Ele acabou a chamando para dividir um AP, afirmando nunca ter feito algo tão impulsivo. E Carla, no caminho para encontrar Diego quase atropelou André, que acabou torcendo o pé e os dois passaram a noite conversando no hospital sobre Jimi Hendrix e cinema alemão. Foi quando tocou “Dancing in the moonlight” e todos viram que as coisas sempre acabam bem na sexta à noite.
terça-feira, agosto 11, 2009
Body and Soul
quinta-feira, agosto 06, 2009
Gepeto
Gepeto morreu. George Pontes, meu primeiro namorado, conhecido também por GP pelos amigos morreu. Soube da notícia ontem ao falar com uma velha amiga, ele faleceu de ataque no coração. Ironico, pois Gepeto já destruiu muitos corações por aí. Prefiro pensar que morreu porque amou demais! Todas as suas mulheres... Inclusive eu. Talvez seja um consolo pensar isso, que ele me amou. Afinal, dentre tantas mulheres que passaram pela vida dele... Espero que sim. Porque nunca, por ninguém, sofri tanto de amor do que por Gepeto.
Nossa história começou assim: Eu morava na mesma vila que ele e quando beirava meus 10 anos – e ele também – descobri que eu estava gostando dele, depois de cantarmos “Carinhoso” do Pixinguinha juntos. Guardei isso para mim e vivi uma paixão platônica até meus 15 anos. Ele havia passado dois anos com os pais em Minas e voltou pra vila nessa época. Ele tinha mudado, tinha ganhado mais corpo, ficado mais vaidoso, mais forte. Eu também estava mais bonita, quem sabe, atraente. Percebi que não era só eu que estava gostando dele, o sentimento era recíproco. Ah, e como foi boa a época dos flertes, da mão sobre mão, do riso para dentro quando nos olhávamos e das mordidinhas no lábio quando o assunto acabava. Começamos a namorar – escondidos de nossos amigos da vila, que não iriam se controlar nas chacotas e comentários. Assumimos depois, e o nosso namoro foi ótimo no começo. E ele ficava mais bonito a cada dia. E esse foi o verdadeiro problema. Sua confiança em si virou a ponte para se exibir para as meninas... Com o tempo, fiquei cansada de ser apenas a acompanhante dele. E o larguei.
Apareceu Vicente, da turma da vila, o qual eu nunca havia reparado e disse que era apaixonado por mim. Nos casamos, tivemos filhos, construímos a nossa família e com o tempo aprendi a amar Vicente. ... Mas, as lembranças com Gepeto sempre causavam um estalo no meu coração. Porém, nunca mais retomamos o contato. Às vezes o via com uma moça, outras vezes com outra. Ficou mais velho e continuou com várias mulheres. Pode ser apenas um palpite de uma senhora tola, mas, acho que é esse o porquê de eu achar que fui amada por ele, depois de mim, ele não se fixou à ninguém...
Minha amiga também disse que no velório só tinha alguns velhos amigos. Nenhuma mulher. Por isso, amanhã lá vou eu deixar flores para ele. Meu Gepeto.