domingo, março 27, 2011

A causa

Por causa dessa rejeição
Declaro: Nada mais me resta.
Tudo por causa de um não
E toda a alma se fecha.

Dizem, uns bons, que amores virão
Que a vida ainda é festa
Devo apelar pro auto-perdão
O que em mim ainda presta?

Tudo por causa de um não
E toda melancolia se manifesta
Sem serenidade, avessa de razão
Sufocada, respirando em brechas

Agora tento me equilibrar sem chão
Me agarro ao orgulho, um arco sem flecha
Tudo por causa de um não...
Eu que deixava e agora ele me deixa.

sexta-feira, março 11, 2011

Soneto do querer inconstante.

Não sei mais se quero, não sei mais se descanso.
Não sei se ajo por impulso, não sei se vou de manso.
Não sei se estou tão feliz ou tão triste.
Por causa desse amor que nem sei se ainda existe.

Me sinto profunda, leio poemas.
Me sinto profana, um beijo é mais um beijo apenas.
Nada é culpa, mas me culpo por nada.
Estou na contramão da minha própria estrada.

Lembro com saudade tudo aquilo que não realizei.
O medo é o que sou. e como serei.
E ainda que acredite que sonhos e amores virão...

Estou presa na beleza que na mulher é a solidão.
Sozinha comigo, ajo de modo ambíguo.
Na espera de um novo algo em mim que se faça sentido.