domingo, julho 29, 2012

A verdadeira história do homem que pisou na Lua


Uma vez houve um cara que - muito antes dos russos ou dos americanos - pisou na lua. (dizem alguns que meio bêbado) Tava meio perdido, não achou o Rebouças, errou a mão e quando deu por si, se viu lá, lá no topo do mundo, na imensidão cheia (insistem em dizer que ele estava meio bêbado). com ele, só haviam duas garrafas de whisky e uma bombinha - por conta da asma -, a gasolina tava no fim, não tinha jeito, ele teve que parar. (bêbado, já sabem) colocou o cinto de segurança, só para não sair tanto do chão. Flutuava, pulava crateras enormes, explorando a grande esfera branca. Tão perto do tudo. Tão perto do nada. Ele era dono do mundo. E brindava (com seu whisky barato, comprado no Mundial. O Mundial, imaginado do Universo, parecia ainda mais lotado. "pra que?"- pensava o cara - "tem tanto espaço sobrando."). Bebia um pouco, flutuava um tanto e profetizava coisas lindas que só alguns ETs puderam conferir, maravilhados com aquele ser tão esquisito. (perguntavam alguns se era um novo astro luminoso. nunca obtiveram resposta exata.) O pouco que chegou a mim, é que ele viu a face de Deus. bêbado. na lua. Ele viu a face de Deus! mas, depois deu PT e vomitou no universo até não poder mais. e daquelas misturas de pão vinho cebola linguiça whisky velho: surgiram as estrelas cadentes.

Moral da história/Ou seja: as possibilidades dos sonhos se realizarem são frutos de um porre astral qualquer.

segunda-feira, julho 09, 2012

Volta, vem viver outra vez ao meu lado.


do outro lado
da linha do Equador
você estava
e eu aqui
ficava
só, sóbrio, mórbido
dai do nada
assim como a
mosca que aparece
safada você
disse "oi"
com mala e cuia
sorriso e fúria
e toda meiguice
feminice
cumpria seu papel
e me deixava
enfim, ao léu.

E agora aqui
nesse emaranhado
desse seu cabelo
cinza cacheado
me sinto livre
juntinho de ti.
justinho aqui.
voltei de mim.