Um robô programado para sentir
qualquer tipo de emoção humana não conseguiu suportar sentir o amor. Chamaram
ele de Kenji assim que deram o “on”. Depois de alguns dias de absoluto sucesso,
sendo o primeiro que poderia representar o fim da dependência sentimental que
ainda obriga o convívio e a tolerância entre um humano e outro. Kenji
decepcionou a pratica indústria do combate a solidão. Tomado por algum tipo de
surto sentimental que circulou nas suas entranhas de metal, o Kenji tentou
prender a pesquisadora na sala em que os dois passavam o tempo juntos e onde
ela testava e avaliava as emoções dele. Pois, privado de qualquer outro contato íntimo com
outro ser (humano ou máquina), ele tinha doses diárias de atenção da
pesquisadora e admirável psicóloga. Os dois passaram a última primavera
conversando e ela ensinava a ele as noções básicas das relações. Kenji, na sua fragilidade
de máquina, não resistiu e se deixou levar pelas próprias emoções matematicamente
programadas. Impediu a doutora de sair da sala – assim como qualquer mocinha
romântica dos filmes em branco e preto - e começou a rosnar palavras cujo
sentido extrapolava qualquer sentido, assustando-a. Kenji não entendeu como
depois de tanto tentarem descobrir o mundo juntos, a psicóloga tinha coragem de
sair e deixa-lo. Na hora marcada. Dando um beijo na testa. Na testa gelada e
com expressões limitadas de Kenji. Kenji tentou impedir e dotado desse doido sentimento de sucata e bites quase se
transformou em bicho. Uma equipe, a mesma que o construiu, incentivou e
aparafusou, teve que desliga-lo, puuf, e a psicóloga passa bem obrigada.
Baseado na notícia abaixo e em algum filme do Spike Jonze.
http://tecnologia.terra.com.br/robos/robo-programado-para-amar-tem-quotataque-obsessivoquot,2208ea1f807ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
Baseado na notícia abaixo e em algum filme do Spike Jonze.
http://tecnologia.terra.com.br/robos/robo-programado-para-amar-tem-quotataque-obsessivoquot,2208ea1f807ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html